De qualquer maneira aí está. Aceitando ou não, existem momentos em que a vida nos convida a nos retirar de um certo lugar, de uma certa postura, de um certo olhar. Às vezes vem aos poucos, às vezes vem em enxurrada a morte que leva coisas queridas, ou às vezes nem tão queridas, mas bem acomodadas em nossa rotina.
A morte de uma relação, de um posto, de uma fase, de um lugar, de um projeto, de uma idéia, de uma questão, de uma vontade, de uma construção, de um jeito de ser, de uma expectativa, de uma máscara... Seja o que for, na maior parte das vezes leva tempo pra gente se sentir pronto para uma simples atitude: desapegar-se.
E nesse tempo nem sempre abrimos espaço para o novo entrar e assim sofremos ainda mais pela saída do velho. Por mais que queiramos nos agarrar, chega a hora de dizer adeus. Tenha sido bom ou ruim, parece que a nossa dificuldade maior é mesmo deixar ir... E deixar vir...