segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Outro espaço

Olá a todos!
Estou de malas prontas: montei um novo blog para reunir meus textos já publicados em espaços da net e para compartilhar os novos.
Espero por vocês lá:


Basta passear pelo menu para ler o que ando escrevendo.


Um abraço!
Juliana

domingo, 9 de novembro de 2008

Por mais leveza

Música gostosa por uma vida mais leve...

LOA (Marina Machado)

Pára de grilar, eu preciso é ficar na boa,
Eu preciso afrouxar a roupa,
E recuperar o paladar.

Pára de gritar, o silêncio que Deus deu me soa
Como o cântico do mar na proa
De um barco que já vai zarpar.

Eu só quero é andar à toa
De manhã, no sol, a mente é boa
Pra saudar e pra comemorar.

Nossa prece, pássaro que voa,
Uma montanha de esperança boa,
Terra nova pra a gente plantar.

Pára de montar, eu preciso é correr à solta,
Eu não quero mais ficar na moita,
Eu só quero é acreditar.

Eu só quero é andar à toa
De manhã, no sol, a mente é boa
Pra saudar e pra comemorar.

Nossa prece, pássaro que voa,
Uma montanha de esperança boa,
Terra nova pra a gente plantar.
Pára de montar, eu preciso é correr à solta,
Eu não quero mais ficar na moita,
Eu só quero é acreditar...
Acreditar...
Acreditar...

domingo, 19 de outubro de 2008

Arcano 13

Morte é assunto proibido, assustador, mete medo, causa estranhamento. Mas mesmo que acreditemos mantê-la distante ao ignorá-la, a todo momento ela se apresenta.

De qualquer maneira aí está. Aceitando ou não, existem momentos em que a vida nos convida a nos retirar de um certo lugar, de uma certa postura, de um certo olhar. Às vezes vem aos poucos, às vezes vem em enxurrada a morte que leva coisas queridas, ou às vezes nem tão queridas, mas bem acomodadas em nossa rotina.

A morte de uma relação, de um posto, de uma fase, de um lugar, de um projeto, de uma idéia, de uma questão, de uma vontade, de uma construção, de um jeito de ser, de uma expectativa, de uma máscara... Seja o que for, na maior parte das vezes leva tempo pra gente se sentir pronto para uma simples atitude: desapegar-se.

E nesse tempo nem sempre abrimos espaço para o novo entrar e assim sofremos ainda mais pela saída do velho. Por mais que queiramos nos agarrar, chega a hora de dizer adeus. Tenha sido bom ou ruim, parece que a nossa dificuldade maior é mesmo deixar ir... E deixar vir...

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Espaço Revitalizar


Conheçam o blog do Espaço Revitalizar: http://espacorevitalizar.blogspot.com/


Conheçam um pouco do que venho fazendo profissionalmente. Será um prazer recebê-los por lá!

domingo, 14 de setembro de 2008

Fragmentos

O despertador toca e ela custa a acreditar. Nem parece que havia fechado os olhos. Nem parece que tinha ao menos cochilado. Os livros estão ali ao pé da cama, ela nem se lembra em que momento havia deixado de ler. Não se lembra de ter programado o despertador. Só sabe que por mais inacreditável que seja é manhã de domingo e ela precisa tomar de novo aquele energético pra dar conta de voltar a estudar. Nem sabe direito porque precisa, mas precisa. Seu corpo pede mais cama: ele não entende! Passam dois segundos e os olhos se fecham de novo. Ela luta e se senta. Os ombros incrivelmente rígidos, o pescoço dói, a cabeça dói.Ela prende os cabelos, lava o rosto, toma um copo de leite e o energético, volta aos livros. Ela poderia estar entre amigas, ter um encontro para mais tarde, fazer uma caminhada aproveitando o clima fresquinho da manhã, poderia participar dos preparativos para o almoço, retomar as aulas de dança, mas não tinha tempo para isso. Ela poderia conversar com a velha avó, saber um pouco da vida dos irmãos, ver de novo aquelas fotografias ou simplesmente descansar. Mas ela parecia nem mais saber o que isso significava. Tempo era feito para preencher, não necessariamente para viver. Às vezes, quando havia um tempo entre uma atividade importantíssima e outra ainda mais, ela se pegava triste, às vezes, desanimada, às vezes, vazia. Mas na maioria das vezes, engolia tudo isso com uma barra de chocolate e seguia em frente. Às vezes seu corpo pifava, dores pelo corpo, mal humor, choros "sem motivos", falta de memória, às vezes ela percebia, às vezes confundia as fomes e ia de novo para a coxinha ou para o energético. Às vezes percebia que as roupas não entravam mais, às vezes percebia que sua fome era outra, às vezes percebia que por mais energéticos que tomasse lhe faltava algum outro tipo de energia, mas não havia tempo para dar atenção a isso.

O cachorro da vizinha insistia em latir, o sol forte invadia a fresta que a cortina insistia em abrir, embora adorasse enrolar-se no edredon o calor inistia em gritar no seu corpo que era hora de abrir mão daquele pequeno prazer, justo nesse momento em que lhe faltava qualquer gosto por qualquer coisa. Tanta insistência parecia um complô, uma combinação macabra para fazer sua vida mais irritante. Dormir em silêncio, no escuro, enrolada no edredon: era pedir demais? Domingo? Quem inventou o domingo? Provavelmente o sócio de quem inventou a segunda-feira, o dia dos namorados e as rugas. Sim, ela estava à beira de um ataque de nervos...Arrastou-se da cama para o banheiro, sentiu a água fria entre os dedos, depois um tapa de água fria no rosto. No espelho uma desconhecida: 31 anos, meu Deus! Onde foram parar os cílios fartos, as bochechas rosadas, a pele firme? Onde foram parar os sonhos, as certezas, as risadas altas? Sente raiva outra vez do cachorro da vizinha.Há duas semanas espera pelo telefonema que não vai acontecer. Já conhecia o enredo. Ele não ligaria e ter se despedido dizendo "a gente se cruza por aí" era mais que suficiente para ela saber. No fundo nem queria vê-lo de novo - nem cruzar, seguindo sua expressão - mas era dura a sensação de continuar a protagonista do velho enredo ou a mera espectadora de uma história repetida.Queria contato, mas já não acreditava ser possível acontecer algo diferente. Seu corpo pedia por toque e ela se entregava à única alternativa que achava possível: sair com mais um babaca com quem nunca mais gostaria de cruzar por aí e sofrer nos dias seguintes. No fundo esperava por mais, mas uma voz insistia em dizer que era bobagem. Ela vinha praticando um misto de autopiedade com autoflagelo, um misto de "pobre coitada" com "maldita idiota" e ia levando.

Quatro filhos... Três meninas e um menino... Os dois primeiros formavam o tão sonhado casal. A terceira veio planejada, a quarta meio no susto mas coroando o sonho de uma família farta. Muito jovem se casou e logo a vida lhe trouxe os filhos, um atrás do outro. 20 anos depois, tantas histórias. Diante dos retratos na sala de estar ela sente uma ponta de orgulho pelo que já foi e um grande vazio pelo que é. Os mais velhos já distantes, em belos caminhos mas dos quais ela não parecia fazer parte, a mais nova, a única que ainda vive com ela parece viver em outro mundo do qual a mãe também não se sente parte. Durante todos esses anos ela foi mãe. E isso incluía noites em claro, abaixa e levanta, lavar fraldas (sim, não existiam as descartáveis), idas e vindas ao pediatra, escolher a melhor escola, levar e buscar, acompanhar o dever de casa, assistir as apresentações, curar os ferimentos, ouvir o bater de portas, fazer café, almoço, jantar, lavar a roupa, passar a roupa, cuidar da casa, arrumar as bagunças, cuidar do que se ouve e do que não se ouve, preparar para as melhores e piores notícias, acompanhar as vitórias, acolher os choros... E isso excluía o descanso após noites em claro, fazer refeições na hora certa, ir às consultas para cuidar daquela dorzinha na coluna, daquela tontura, daquela falta de ar, ter tempo para uma caminhada, para um bate papo com as amigas, para um jantar romântico com o marido, cuidar da sua aparência, cuidar dos seus sentimentos... Agora o vazio... O que seria? O que faria da vida? O que lhe restava afinal? O marido lia o jornal, como fizera durante todos os domingos de todos aqueles anos. Ela lembra que no início eles ainda se sentavam juntos e ele comentava algo do que lia. Ela lembra que no início eles dividiam as impressões. Ela lembra que um dia eles trocaram beijos e dançaram coladinhos algumas canções. Ela lembra que antes de ser mãe ela fora mulher, mas isso já faz muito tempo.


Tantas mulheres se encontram assim: fragmentadas, limitadas, apartadas de seu ser.
Pensando na necessidade da mulher cuidar de si, encontrando tempo e espaço seguros para compartilhar é que surgiu a idéia da Vivência Grupal Ser Mulher, lá no Espaço Revitalizar.
http://espacorevitalizar.blogspot.com/2008/09/destaque-vivncia-para-mulheres.html

sábado, 19 de julho de 2008

Corpo e sexualidade

Nova discussão no http://re-vitalizarsexualidade.blogspot.com .

Como você lida com o próprio corpo? Quando o corpo não é assumido em inteireza, o que acontece? O que isso tem a ver com sexualidade?

Espero por vocês lá!

sábado, 12 de julho de 2008

"A vida vem em ondas como um mar..."

E não é que é?!

A vida pode aparentar regularidade em alguns momentos, mas a verdade é que ela vem em ondas, ondas que nunca são iguais. Cada uma com seu movimento particular, carregando mais ou menos água, mais ou menos partículas revolvidas do fundo do mar, sendo mais ou menos forte de acordo com o vento, nos levando para um lado ou outro da margem, nos puxando de volta com maior ou menor intensidade. Certas ondas são de revirar a roupa de banho, outras nos fazem levantar o corpo de leve, mesmo com mar calmo lá estão elas movimentando as águas, algumas nos fazem ter medo (e quem já tentou correr de onda já viu que o melhor mesmo é seguir seu fluxo ou a gente sai todo retorcido do mar), outras de tão grandes causam fascínio e alguém decide passar pelo tubo de águas azuis só para entrar em contato com tal mistério.

Vivemos a ilusão de regularidade quando, na verdade, estamos sempre cercados pelo novo. Criamos uma ordem para nos assegurarmos, para nos defendermos do que temos tanto medo: o inesperado, o novo, o desconhecido. Temos verdadeira fissura por rotina, embora "façamos tipo" sempre reclamando dela.

Quando a vida se apresenta com sua verdadeira face nos assustamos. Ficamos sem chão, ficamos sem ar, ficamos sem voz. E acho que nesses momentos a vida deve sorrir, não um riso de sarcasmo, mas um riso de satisfação em estar sendo vista. Ela sabe que causa um certo estranhamento, mas em sua grande sabedoria também sabe que é preciso algum estranhamento para estarmos inteiros, para nos desalienarmos, para reconhecermos o que há de mais profundo e teimamos na maior parte do tempo em não ver, não sentir, não experenciar.

"Não adianta fugir
Nem mentir
Pra si mesmo agora
Há tanta vida lá fora
Aqui dentro sempre
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar..."

(Como uma onda - Lulu Santos)

sábado, 28 de junho de 2008

Querido diário...

O hábito de escrever diários parece sempre estar ligado a jovens mocinhas, que desejam guardar seus segredos amorosos entre desenhos fofos e cadeados.

Não sou uma jovem mocinha (apesar de ser, sim, jovem!), nem tenho segredos amorosos a esconder entre cadeados, mas recentemente comecei a escrever meu próprio diário e tenho incentivado outras pessoas a se lançarem nessa possibilidade.

O meu único e exclusivo prazer é o de expor meus sentimentos aos meus olhos, sentir as palavras tomando a forma do que vai confuso aqui dentro e me surpreendo ao notar que cada anotação se junta às demais formando um só texto. Vejo a unidade no que antes eram só fragmentos confusos dentro da cabeça. Os pensamentos não pulam mais de galho em galho, mas surgem diante de mim revelando uma ordem, um sentido e posso testemunhá-los.

Vejo minhas fraquezas, as incongruências, as muitas interrogações. Vejo o meu modo típico de lidar com elas, ali diante dos meus olhos. Vejo minha hesitação e vejo minha coragem surgindo aos poucos. E muito do que vejo só vem depois das palavras irem surgindo, ganhando vida sem nenhum ensaio. Elas chegam e vão delineando o desenho, mostrando através de setas e eu sigo. Depois, ao ler, lá estão as indicações certeiras do caminho e apontam para o centro.

Estou impressionada com o processo e venho indicar, como venho indicando aos clientes e aos amigos: retome o "Querido diário" ou comece a se aventurar nessas paragens, se você nunca ousou.

Só você, a caneta, o papel, os sentimentos e as palavras. Uma forma e tanto de se encontrar intimamente consigo.

Versão mais completa desse texto no site Absoluta: http://www.absoluta-online.com.br/conteudo_vivencias_atitude_queridodiario.html

sábado, 21 de junho de 2008

Novo espaço de reflexão sobre Sexualidade

Criei um novo espaço para postar reflexões sobre Sexualidade, é o blog "Re-vitalizar a Sexualidade":
http://re-vitalizarsexualidade.blogspot.com

Será um espaço para aprendizados, descobertas, dúvidas,levantar discussões, será um espaço para troca de idéias.

E já tem discussão no ar sobre a relação a dois.

Espero por vocês também por lá!

domingo, 15 de junho de 2008

Ânimo:
Etimologia
do latim anìmus,(masculino de anima) princípio espiritual da vida intelectual e moral do homem, vida, alma, princípio vital, espírito, razão, bom senso, senso comum, pensamento, intenção, disposição, vontade, inclinação, qualquer movimento impetuoso da alma, paixão, desejo.


É preciso ânimo para seguir, para cuidar, para caminhar, para construir, para plantar, para colher, para perguntar, para responder...
É preciso alma para sentir aonde ir, do que e como cuidar, de que maneiras e em que caminhos entrar, o que construir, o que plantar, quando colher, ouvir as perguntas internas, lançar-se na busca por respostas que nem sempre estão fora de nós...