segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Outro espaço

Olá a todos!
Estou de malas prontas: montei um novo blog para reunir meus textos já publicados em espaços da net e para compartilhar os novos.
Espero por vocês lá:


Basta passear pelo menu para ler o que ando escrevendo.


Um abraço!
Juliana

domingo, 9 de novembro de 2008

Por mais leveza

Música gostosa por uma vida mais leve...

LOA (Marina Machado)

Pára de grilar, eu preciso é ficar na boa,
Eu preciso afrouxar a roupa,
E recuperar o paladar.

Pára de gritar, o silêncio que Deus deu me soa
Como o cântico do mar na proa
De um barco que já vai zarpar.

Eu só quero é andar à toa
De manhã, no sol, a mente é boa
Pra saudar e pra comemorar.

Nossa prece, pássaro que voa,
Uma montanha de esperança boa,
Terra nova pra a gente plantar.

Pára de montar, eu preciso é correr à solta,
Eu não quero mais ficar na moita,
Eu só quero é acreditar.

Eu só quero é andar à toa
De manhã, no sol, a mente é boa
Pra saudar e pra comemorar.

Nossa prece, pássaro que voa,
Uma montanha de esperança boa,
Terra nova pra a gente plantar.
Pára de montar, eu preciso é correr à solta,
Eu não quero mais ficar na moita,
Eu só quero é acreditar...
Acreditar...
Acreditar...

domingo, 19 de outubro de 2008

Arcano 13

Morte é assunto proibido, assustador, mete medo, causa estranhamento. Mas mesmo que acreditemos mantê-la distante ao ignorá-la, a todo momento ela se apresenta.

De qualquer maneira aí está. Aceitando ou não, existem momentos em que a vida nos convida a nos retirar de um certo lugar, de uma certa postura, de um certo olhar. Às vezes vem aos poucos, às vezes vem em enxurrada a morte que leva coisas queridas, ou às vezes nem tão queridas, mas bem acomodadas em nossa rotina.

A morte de uma relação, de um posto, de uma fase, de um lugar, de um projeto, de uma idéia, de uma questão, de uma vontade, de uma construção, de um jeito de ser, de uma expectativa, de uma máscara... Seja o que for, na maior parte das vezes leva tempo pra gente se sentir pronto para uma simples atitude: desapegar-se.

E nesse tempo nem sempre abrimos espaço para o novo entrar e assim sofremos ainda mais pela saída do velho. Por mais que queiramos nos agarrar, chega a hora de dizer adeus. Tenha sido bom ou ruim, parece que a nossa dificuldade maior é mesmo deixar ir... E deixar vir...

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Espaço Revitalizar


Conheçam o blog do Espaço Revitalizar: http://espacorevitalizar.blogspot.com/


Conheçam um pouco do que venho fazendo profissionalmente. Será um prazer recebê-los por lá!

domingo, 14 de setembro de 2008

Fragmentos

O despertador toca e ela custa a acreditar. Nem parece que havia fechado os olhos. Nem parece que tinha ao menos cochilado. Os livros estão ali ao pé da cama, ela nem se lembra em que momento havia deixado de ler. Não se lembra de ter programado o despertador. Só sabe que por mais inacreditável que seja é manhã de domingo e ela precisa tomar de novo aquele energético pra dar conta de voltar a estudar. Nem sabe direito porque precisa, mas precisa. Seu corpo pede mais cama: ele não entende! Passam dois segundos e os olhos se fecham de novo. Ela luta e se senta. Os ombros incrivelmente rígidos, o pescoço dói, a cabeça dói.Ela prende os cabelos, lava o rosto, toma um copo de leite e o energético, volta aos livros. Ela poderia estar entre amigas, ter um encontro para mais tarde, fazer uma caminhada aproveitando o clima fresquinho da manhã, poderia participar dos preparativos para o almoço, retomar as aulas de dança, mas não tinha tempo para isso. Ela poderia conversar com a velha avó, saber um pouco da vida dos irmãos, ver de novo aquelas fotografias ou simplesmente descansar. Mas ela parecia nem mais saber o que isso significava. Tempo era feito para preencher, não necessariamente para viver. Às vezes, quando havia um tempo entre uma atividade importantíssima e outra ainda mais, ela se pegava triste, às vezes, desanimada, às vezes, vazia. Mas na maioria das vezes, engolia tudo isso com uma barra de chocolate e seguia em frente. Às vezes seu corpo pifava, dores pelo corpo, mal humor, choros "sem motivos", falta de memória, às vezes ela percebia, às vezes confundia as fomes e ia de novo para a coxinha ou para o energético. Às vezes percebia que as roupas não entravam mais, às vezes percebia que sua fome era outra, às vezes percebia que por mais energéticos que tomasse lhe faltava algum outro tipo de energia, mas não havia tempo para dar atenção a isso.

O cachorro da vizinha insistia em latir, o sol forte invadia a fresta que a cortina insistia em abrir, embora adorasse enrolar-se no edredon o calor inistia em gritar no seu corpo que era hora de abrir mão daquele pequeno prazer, justo nesse momento em que lhe faltava qualquer gosto por qualquer coisa. Tanta insistência parecia um complô, uma combinação macabra para fazer sua vida mais irritante. Dormir em silêncio, no escuro, enrolada no edredon: era pedir demais? Domingo? Quem inventou o domingo? Provavelmente o sócio de quem inventou a segunda-feira, o dia dos namorados e as rugas. Sim, ela estava à beira de um ataque de nervos...Arrastou-se da cama para o banheiro, sentiu a água fria entre os dedos, depois um tapa de água fria no rosto. No espelho uma desconhecida: 31 anos, meu Deus! Onde foram parar os cílios fartos, as bochechas rosadas, a pele firme? Onde foram parar os sonhos, as certezas, as risadas altas? Sente raiva outra vez do cachorro da vizinha.Há duas semanas espera pelo telefonema que não vai acontecer. Já conhecia o enredo. Ele não ligaria e ter se despedido dizendo "a gente se cruza por aí" era mais que suficiente para ela saber. No fundo nem queria vê-lo de novo - nem cruzar, seguindo sua expressão - mas era dura a sensação de continuar a protagonista do velho enredo ou a mera espectadora de uma história repetida.Queria contato, mas já não acreditava ser possível acontecer algo diferente. Seu corpo pedia por toque e ela se entregava à única alternativa que achava possível: sair com mais um babaca com quem nunca mais gostaria de cruzar por aí e sofrer nos dias seguintes. No fundo esperava por mais, mas uma voz insistia em dizer que era bobagem. Ela vinha praticando um misto de autopiedade com autoflagelo, um misto de "pobre coitada" com "maldita idiota" e ia levando.

Quatro filhos... Três meninas e um menino... Os dois primeiros formavam o tão sonhado casal. A terceira veio planejada, a quarta meio no susto mas coroando o sonho de uma família farta. Muito jovem se casou e logo a vida lhe trouxe os filhos, um atrás do outro. 20 anos depois, tantas histórias. Diante dos retratos na sala de estar ela sente uma ponta de orgulho pelo que já foi e um grande vazio pelo que é. Os mais velhos já distantes, em belos caminhos mas dos quais ela não parecia fazer parte, a mais nova, a única que ainda vive com ela parece viver em outro mundo do qual a mãe também não se sente parte. Durante todos esses anos ela foi mãe. E isso incluía noites em claro, abaixa e levanta, lavar fraldas (sim, não existiam as descartáveis), idas e vindas ao pediatra, escolher a melhor escola, levar e buscar, acompanhar o dever de casa, assistir as apresentações, curar os ferimentos, ouvir o bater de portas, fazer café, almoço, jantar, lavar a roupa, passar a roupa, cuidar da casa, arrumar as bagunças, cuidar do que se ouve e do que não se ouve, preparar para as melhores e piores notícias, acompanhar as vitórias, acolher os choros... E isso excluía o descanso após noites em claro, fazer refeições na hora certa, ir às consultas para cuidar daquela dorzinha na coluna, daquela tontura, daquela falta de ar, ter tempo para uma caminhada, para um bate papo com as amigas, para um jantar romântico com o marido, cuidar da sua aparência, cuidar dos seus sentimentos... Agora o vazio... O que seria? O que faria da vida? O que lhe restava afinal? O marido lia o jornal, como fizera durante todos os domingos de todos aqueles anos. Ela lembra que no início eles ainda se sentavam juntos e ele comentava algo do que lia. Ela lembra que no início eles dividiam as impressões. Ela lembra que um dia eles trocaram beijos e dançaram coladinhos algumas canções. Ela lembra que antes de ser mãe ela fora mulher, mas isso já faz muito tempo.


Tantas mulheres se encontram assim: fragmentadas, limitadas, apartadas de seu ser.
Pensando na necessidade da mulher cuidar de si, encontrando tempo e espaço seguros para compartilhar é que surgiu a idéia da Vivência Grupal Ser Mulher, lá no Espaço Revitalizar.
http://espacorevitalizar.blogspot.com/2008/09/destaque-vivncia-para-mulheres.html

sábado, 19 de julho de 2008

Corpo e sexualidade

Nova discussão no http://re-vitalizarsexualidade.blogspot.com .

Como você lida com o próprio corpo? Quando o corpo não é assumido em inteireza, o que acontece? O que isso tem a ver com sexualidade?

Espero por vocês lá!

sábado, 12 de julho de 2008

"A vida vem em ondas como um mar..."

E não é que é?!

A vida pode aparentar regularidade em alguns momentos, mas a verdade é que ela vem em ondas, ondas que nunca são iguais. Cada uma com seu movimento particular, carregando mais ou menos água, mais ou menos partículas revolvidas do fundo do mar, sendo mais ou menos forte de acordo com o vento, nos levando para um lado ou outro da margem, nos puxando de volta com maior ou menor intensidade. Certas ondas são de revirar a roupa de banho, outras nos fazem levantar o corpo de leve, mesmo com mar calmo lá estão elas movimentando as águas, algumas nos fazem ter medo (e quem já tentou correr de onda já viu que o melhor mesmo é seguir seu fluxo ou a gente sai todo retorcido do mar), outras de tão grandes causam fascínio e alguém decide passar pelo tubo de águas azuis só para entrar em contato com tal mistério.

Vivemos a ilusão de regularidade quando, na verdade, estamos sempre cercados pelo novo. Criamos uma ordem para nos assegurarmos, para nos defendermos do que temos tanto medo: o inesperado, o novo, o desconhecido. Temos verdadeira fissura por rotina, embora "façamos tipo" sempre reclamando dela.

Quando a vida se apresenta com sua verdadeira face nos assustamos. Ficamos sem chão, ficamos sem ar, ficamos sem voz. E acho que nesses momentos a vida deve sorrir, não um riso de sarcasmo, mas um riso de satisfação em estar sendo vista. Ela sabe que causa um certo estranhamento, mas em sua grande sabedoria também sabe que é preciso algum estranhamento para estarmos inteiros, para nos desalienarmos, para reconhecermos o que há de mais profundo e teimamos na maior parte do tempo em não ver, não sentir, não experenciar.

"Não adianta fugir
Nem mentir
Pra si mesmo agora
Há tanta vida lá fora
Aqui dentro sempre
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar..."

(Como uma onda - Lulu Santos)

sábado, 28 de junho de 2008

Querido diário...

O hábito de escrever diários parece sempre estar ligado a jovens mocinhas, que desejam guardar seus segredos amorosos entre desenhos fofos e cadeados.

Não sou uma jovem mocinha (apesar de ser, sim, jovem!), nem tenho segredos amorosos a esconder entre cadeados, mas recentemente comecei a escrever meu próprio diário e tenho incentivado outras pessoas a se lançarem nessa possibilidade.

O meu único e exclusivo prazer é o de expor meus sentimentos aos meus olhos, sentir as palavras tomando a forma do que vai confuso aqui dentro e me surpreendo ao notar que cada anotação se junta às demais formando um só texto. Vejo a unidade no que antes eram só fragmentos confusos dentro da cabeça. Os pensamentos não pulam mais de galho em galho, mas surgem diante de mim revelando uma ordem, um sentido e posso testemunhá-los.

Vejo minhas fraquezas, as incongruências, as muitas interrogações. Vejo o meu modo típico de lidar com elas, ali diante dos meus olhos. Vejo minha hesitação e vejo minha coragem surgindo aos poucos. E muito do que vejo só vem depois das palavras irem surgindo, ganhando vida sem nenhum ensaio. Elas chegam e vão delineando o desenho, mostrando através de setas e eu sigo. Depois, ao ler, lá estão as indicações certeiras do caminho e apontam para o centro.

Estou impressionada com o processo e venho indicar, como venho indicando aos clientes e aos amigos: retome o "Querido diário" ou comece a se aventurar nessas paragens, se você nunca ousou.

Só você, a caneta, o papel, os sentimentos e as palavras. Uma forma e tanto de se encontrar intimamente consigo.

Versão mais completa desse texto no site Absoluta: http://www.absoluta-online.com.br/conteudo_vivencias_atitude_queridodiario.html

sábado, 21 de junho de 2008

Novo espaço de reflexão sobre Sexualidade

Criei um novo espaço para postar reflexões sobre Sexualidade, é o blog "Re-vitalizar a Sexualidade":
http://re-vitalizarsexualidade.blogspot.com

Será um espaço para aprendizados, descobertas, dúvidas,levantar discussões, será um espaço para troca de idéias.

E já tem discussão no ar sobre a relação a dois.

Espero por vocês também por lá!

domingo, 15 de junho de 2008

Ânimo:
Etimologia
do latim anìmus,(masculino de anima) princípio espiritual da vida intelectual e moral do homem, vida, alma, princípio vital, espírito, razão, bom senso, senso comum, pensamento, intenção, disposição, vontade, inclinação, qualquer movimento impetuoso da alma, paixão, desejo.


É preciso ânimo para seguir, para cuidar, para caminhar, para construir, para plantar, para colher, para perguntar, para responder...
É preciso alma para sentir aonde ir, do que e como cuidar, de que maneiras e em que caminhos entrar, o que construir, o que plantar, quando colher, ouvir as perguntas internas, lançar-se na busca por respostas que nem sempre estão fora de nós...

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Sexualidade: ampliando a reflexão

A Organização Mundial de Saúde (OMS) define sexualidade como "uma necessidade básica e um aspecto do ser humano que não pode ser separado de outros aspectos da vida. A sexualidade não é sinônima de coito e não se limita à presença ou não do orgasmo. Sexualidade é muito mais do que isso. É energia que motiva encontrar o amor. Contato e intimidade, que se expressa na forma de sentir, nos movimentos das pessoas e como estas tocam e são tocadas." *

É preciso ampliar nossos sentidos para perceber em plenitude essa energia da vida humana. Precisamos integrar o que se encontra desintegrado, acessar o que está escondido, cuidar do que precisa de mais atenção. Tal caminho nem sempre é simples...

No site de um grupo de estudos chamado Grupo de Trabalho e Pesquisa em Orientação Sexual (GTPOS) existe um espaço onde é organizado o que saiu na mídia sobre sexualidade a cada mês. Compensa dar uma olhada e refletir sobre o que vem sendo veiculado. O link do clipping de maio é: http://www.gtpos.org.br/index.asp?Fuseaction=Informacoes&ParentId=512

* Essa definição de sexualidade está no livro Fala Educadora! Fala Educador! , uma publicação dirigida a professores sobre Orientação Sexual. É um projeto coordenado pelo Programa DST/Aids da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, com o apoio do laboratório Organom.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Sexualidade

Campo de muitas interrogações, a sexualidade merece maior atenção de nossa parte. Tantos atravessamentos (cultura, família, mídia, corpo, olhar do outro, época, história, etc) nos deixam meio zonzos.

Por vezes limitamos sexualidade somente ao ato sexual, e limitamos o ato sexual somente a penetração e quando muito a orgasmo. Vamos deixando de lado todos os elementos que compõem essa rica experiência humana, que inclui nossas sensações, nossa afetividade, nossos desejos, nossa corporeidade e muito mais. Vivemos numa cultura em que corpos e intimidades são banalizados e tal exposição não nos torna mais tranquilos na vivência de nossa sexualidade.

O que é sexualidade para você?
O que há de desafiante na experiência de nossa sexualidade nos tempos modernos?
Como anda a sua sexualidade, de maneira mais ampla?
Como anda nosso desejo pela vida?

Questões que apresento a vocês como parte de reflexões que também venho fazendo. Na conclusão da minha pós-graduação penso em estudar a sexualidade e para definir meu foco dentro dessa amplitude quero conhecer a opinião de mais pessoas acerca do que é desafiante na vivência da sexualidade.

Aqui ao lado, no blog, está uma enquete, nela estão apresentados alguns possíveis desafios. Provavelmente não são suficientes para englobar toda a experiência humana. Se tiver idéias, sinta-se à vontade para entrar em contato e compartilhá-las. Vou colocando vocês em dia com que tem passado pela minha cabeça em torno da temática.

Agora, falem daí! Vamos conversar.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Revitalizando nossos modos de viver

Quantos de nós se encontram cansados e desgastados pela rotina dos tempos atuais e pra piorar, sem forças para iniciar um processo de auto-cuidado revitalizante? Vira uma bola de neve, que segue morro abaixo em crescente enquanto nos diminui.

Muitas vezes o processo que nos diminui prescede a tal bola de neve. Quase sempre começa mesmo por nossas cobranças. Tratamos nossa experiência com tirania e pouco a pouco perdemos o parâmetro de saúde, de bem-estar, de crescimento. Para quê? Para superar limites e alcançar resultados de excelência, mas perdendo de vista que alguns limites são alertas para até onde nossas pernas alcançam sem estirar todos os músculos.

Li recentemente uma reportagem da revista Cláudia entitulada "Mulher Nota 9", tratando da maneira como as mulheres atualmente têm assumido seus papéis de maneira adoecida. Não penso que "os tempos da vovó" eram melhores, que deveríamos voltar para o mundo do escondido enquanto somente os homens acessavam o mundo público. Acho é que nós, homens e mulheres da atualidade, precisamos lançar nosso olhar para as novas propostas de vida que nos cercam escolhendo o que nos serve ou não, negociar novas formas de lidar com os novos papéis que surgem. Não somos menos capazes por compreendermos que nossos braços não dão a volta sobre o planeta. É preciso meditar sobre os limites a serem superados e os limites a serem respeitados.

Por uma vida saudável e interessante.

Link da reportagem "Mulher Nota 9": http://claudia.abril.com.br/materias/2539/?pagina1&sh=34&cnl=48&sc

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Tempo...

Recebi um presente por e-mail e resolvi compartilhar com vocês.
Que vocês tenham tempo para refletir...

Desejo-te Tempo!
Não te desejo um presente qualquer,
Desejo-te somente aquilo que a maioria não tem.
Desejo-te tempo, para se divertir e para sorrir;
Desejo-te tempo para que os obstáculos sejam sempre superados
E muitos sucessos comemorados.
Desejo-te tempo, para planejar e realizar,
Não só para si mesmo, mas também para doá-lo aos outros.
Desejo-te tempo, não para ter pressa e correr,
Desejo-te tempo para encontrar você mesmo,
Desejo-te tempo, não só para passar ou para vê-lo no relógio,
Desejo-te tempo, para que você fique;
Tempo para encantar-se e tempo para confiar em alguém.
Desejo-te tempo para tocar as estrelas,
E tempo para crescer, para amadurecer.
Desejo-te tempo para aprender e acertar,
Tempo para recomeçar, se fracassar.
Desejo-te tempo também para poder voltar atrás e perdoar.
Desejo-te tempo, para ter novas esperanças e para amar.
Não faz mais sentido protelar.
Desejo-te tempo para ser feliz.
Para viver cada seu dia, cada sua hora como um presente.
Desejo-te tempo, tempo para a vida.
Desejo-te tempo. Tempo. Muito tempo!

(Autoria desconhecida)

sábado, 19 de abril de 2008

Um encontro mais de perto

"De perto ninguém é normal", cantou Caetano Veloso. Ouço essa frase não fechando a questão em torno de que todos sejam loucos (o que também não é uma possibilidade a ser descartada!), mas o que sinto dia a dia é que de perto todos somos algo além do normal, do comum, do trivial.

Quando nos dispomos a ouvir sinceramente, quando nos dispomos a um encontro com o outro, não saímos desse encontro "normais", não vemos mais o outro como simplesmente "normal". Todos nós temos histórias para contar, temos conteúdo para ser compartilhado, temos sentimentos a serem reconhecidos. Todos nós temos dores, loucuras, medos, sonhos, beleza, anseios. De perto todos somos humanos, no sentido mais pleno. Todos temos exigências de amor, de felicidade, de liberdade. Cada um tem algo a dizer sobre como vivenciou suas exigências, como chegou até aqui. Cada um é muito mais do que os rótulos tendem a limitar.

Você já ouviu alguém hoje? Já se dispôs a um encontro? Existem muitos desconhecidos, bem perto de nós. Alguns moram debaixo de nosso teto e com certeza têm muito o que contar.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

E do cuidador, quem vai cuidar?

Texto a ser publicado no site Absoluta, por isso está voltado para mulheres. Mas a temática é para todos nós, humanos.

Quantas de nós aprenderam desde cedo a ser mulher pela via do cuidado com o outro? Muito cedo ganhamos brinquedos que são também símbolos do cuidado, somos incentivadas a nos comportar e a nos relacionar sob o prisma dessa temática.

Cada uma de nós também carrega em sua história modelos, nem sempre os mais saudáveis, e convivemos com maneiras muito diferentes de lidar com esse campo das relações. Isso se refere também aos homens, que recebem influências diversas e formamos juntos todo um arcabouço de maneiras socialmente estabelecidas de lidarmos com a questão do cuidado e dos papéis, expectativas, cobranças daí advindos.

Nós, mulheres, nas últimas décadas ganhamos outros espaços além do doméstico, mas muitas outras responsabilidades também foram acrescidas à nossa lista de afazeres e preocupações. Muitas mudanças sociais se deram e não se pode mais falar em família como um só modelo, mas sim em famílias, devido às diferentes formas de organização existentes - mães que cuidam sozinhas de seus filhos, avós que criam netos, casais que se formam após um divórcio e que trazem seus filhos de outras relações para viverem juntos, casais homossexuais que adotam filhos, tios que vivem junto com os avós e criam conjuntamente com estes as crianças, os filhos dos filhos, etc. Mesmo com tantas mudanças ainda permanecem modos antigos de definições de papéis, aí que muitas coisas costumam se embolar.

Mensagens do tipo "que menino(a) sem limites", "assim você traumatiza a criança", "não se pode dizer tudo a uma criança", "não se pode esconder nada dos filhos" confirmam que "ser mãe é padecer", mas não se sabe bem se é "no paraíso". Padecimento num jogo para o qual parece não haver saída. "Se ficar o bicho pega, se ficar o bicho come"... Mas existem outras possibilidades - "se enfrentar o bicho some" é uma delas.

Encarar a humanidade do processo nos permite olhar o outro que está sob nossos cuidados reconhecendo nele fraquezas e também potencialidades. Assim como nós, que somos humanas, com as dores e as delícias de o ser. Apostando na incapacidade do outro também estamos nos tornando incapazes, na medida em que empreendemos a caçada pela satisfação plena do desejo do outro. Não está em nossas mãos, nem nas mãos de ninguém, tal tarefa. Nesse afã de ser mulher-maravilha perdemos nossas forças pouco a pouco, ou muito a muito considerando o sem-fim de coisas que vamos fazendo sem escutar o que há de mais profundo em nós. Essa síndrome de carregar o mundo nas costas provoca muitas dores e precisamos delas cuidar, antes de tentar cuidar do outro. Senão entramos em outras síndromes, entre elas a de depender da dependência que o outro tem de nós, ou a da culpa por não darmos conta de sermos tudo e um pouco mais.

Para cuidar do outro é preciso cuidar de nós mesmas e da nossa maneira de cuidar. Redundante? Na verdade, é um ciclo. Um ciclo virtuoso, onde cada conquista nos leva a um novo passo. Sem esse cuidado, que passa por olhar e dar atenção à nossa experiência, isso se torna um ciclo vicioso, onde todos os envolvidos se enfraquecem e ninguém se relaciona verdadeiramente.

***

A partir dessas provocações ligadas às nossas formas de vivenciar o cuidado, realizarei um trabalho, juntamente com outra psicóloga chamada Ana Carolina Peixoto, com o tema: "E do cuidador, quem vai cuidar?". Trata-se de um grupo voltado para mães, pais e cuidadores que queiram cuidar de suas relações familiares começando pelo cuidado consigo. A proposta é vivencial, voltada para a ação. Acontecerá um encontro por mês, cada encontro será construído a partir de temáticas que interessem ao grupo.

Caso haja interesse, veja mais informações no post anterior ou entre em contato:

(31) 9176-2008
(31) 3287-5388
julianaggpsi@gmail.com

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Trabalho com Cuidadores

Divulgando um trabalho que realizarei no Instituto Mineiro de Psicodrama.
Se conhecerem alguém de Belo Horizonte e região que se interesse, divulgue.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Os benefícios da rede

Além da leitura dos comentários, tenho acompanhado as visitas que o Re-vitalizar recebe através de um contador que instalei. O programa faz uma estatística das visitas, por dia, horário e registra os lugares de onde foram realizadas. Entre as últimas 20 visitas, só para se ter uma idéia, passaram por aqui internautas de Belo Horizonte, Porto Alegre, São Paulo, Nova Lima, Curitiba, Caratinga, Vespasiano, Santos, Luís Alves, Camboriú. Também visitantes de fora do Brasil - de Portugal, nas cidades Lisboa, Estoril e Odivelas; da Alemanha: Bremen; dos Estados Unidos: Victorville. Até o momento em que escrevo aqui, foram 166 passagens de outros internautas por esse caminho, sendo 154 em março e 12 em abril - mês que começou agora a pouco.

Fico do lado de cá imaginando quem são essas pessoas por trás de outros monitores e teclados. O que trouxe cada uma delas até o Re-vitalizar? O que sentiram esses visitantes ao estarem por aqui? O que levou cada pessoa comentar ou não sobre o que leu? As minhas reflexões geraram outras reflexões?

É bom estar em rede. Aqui e na vida cotidiana.

Aos visitantes: espero que se sintam revitalizados e que possamos construir redes em prol do cuidado com a vida, em toda sua manifestação.


Falando em rede: no penúltimo texto que bloguei ("Nem mulher-maravilha, nem donzela-na-janela: reflexões sobre o tempo") linkei dois espaços dos quais participo, formando uma rede de reflexões acerca de ser mulher. Há uma série pessoas, de diferentes saberes e olhares, contribuindo para um projeto da vivência feminina mais plena e feliz. Vale visitar.

Tem novo texto que escrevi para o Absoluta, sobre a busca do amor:
http://www.absoluta-online.com.br/conteudo_cura_nossosamoresnossosrelacionamentos_comoatrairumparceiroideal_juliana.html

Passem por lá. Se quiserem trocar idéias vai ser muito bom! Isso fortalece a rede.

domingo, 30 de março de 2008

Revitalizando o mundo

Em um jornal britânico foi apresentado o resultado de um concurso feito com crianças e adolescentes onde cada um escreveria uma frase que expressasse um simples ato que, se feito por ele e 1 milhão de pessoas, mudaria o mundo.

Frases simples como "Ajudar à mãe", "Não comprar o que não for necessário", "Não cantar no chuveiro para economizar água e energia", "Dizer por favor e obrigado" estavam entre as possibilidades de mudança apontada pelos pequenos participantes.

Minha proposta? Bem, acho que se eu me propuser a refletir sobre meus atos e, como aconselhou Gandhi, ser a mudança que quero ver no mundo, já seria um bom começo.



E a sua proposta, qual seria?
Vale das coisas mais simples às mais complexas, desde que comece por você.
(Será preciso 1 milhão de pessoas para começar?)

Soube dessa notícia através do Programa Saia Justa (GNT) dessa semana. Não foi citada a fonte.
Se quiser dar sequência a essa idéia em seu blog, fique à vontade. Se puder, linke esse post.

quinta-feira, 27 de março de 2008

Nem mulher-maravilha, nem donzela-na-janela: reflexões sobre o tempo

Texto publicado nos sites Absoluta e Yinsights, ambos voltados para o resgate da vivência do feminino. Depois escreverei mais sobre a propostas desses dois espaços.
Minhas participações recentes por lá:
http://yinsights.blogspot.com/search/label/Juliana%20Garcia
O texto é longo, mas espero que vocês possam acompanhar.

Quantas vezes atropelamos e desconsideramos o sinal de que seria preciso dar pausa? Quantas vezes nos esquivamos de vivências importantes por querermos esperar o tempo em que estaremos "prontas"? Em cada um desses extremos, perdemos de vista o que realmente importa.

De um lado, o corre-corre: o relógio como um oponente cruel com quem acreditamos travar uma luta. Esse jogo, porém, tem cartas marcadas e quem costuma sair perdendo é nossa energia, nossa saúde, nossas relações. Luta-se contra as linhas no rosto, luta-se contra os sinais de fadiga, luta-se contra os limites.
O mundo acelerado gera publicidade e nela se vende a idéia de que aquele que não acompanhar o ritmo imposto ficará pra trás. Mas qual será o fim dessa viagem? Dá tempo de pensar se quero isso para mim? São tantas horas preenchidas na agenda que, quando temos uma folga, precisamos logo pensar com o que iremos preencher. Não há tempo para estar consigo mesma, para viver os ciclos naturais, e não apenas seguir adotando o que se vende como o ideal.
Outra postura é a que usa o tempo como fuga. Em algumas situações, nos pegamos escondidas por trás de justificativas cabíveis racionalmente, mas que servem, no fundo, à vontade de tudo controlar, ao orgulho que não admite erros, ao medo de não ser boa o suficiente. Esperar estar pronta, em muitos momentos, é uma maneira secreta de esconder o que ainda não sabemos com uma máscara do tipo: "oh, sim, sei dar tempo ao tempo", quando se poderia dizer na realidade: "não vou me expor, enquanto não tiver plena certeza". E essa certeza, quando chegará? Enquanto não chega, vamos vivendo pedaços.
Quaisquer desses caminhos me parecem meios de fugirmos do agora. Esse misterioso tempo que nos escapa cada vez que tentamos controlá-lo é o único tempo no qual é possível criar, agir, viver. Correr loucamente atrás do amanhã nos torna mulheres mais cansadas, envelhecidas (e não maduras), indispostas, estressadas. Fugir loucamente do hoje nos torna alienadas e nos deixa com a sensação de que nada podemos.
Nos desafios vividos no presente é que descobrimos que esse é o único caminho que podemos trilhar. É imprescindível um horizonte que se deseje alcançar, mas é preciso também pisar no chão que está imediatamente debaixo dos pés para que se possa chegar a algum lugar.

Estivemos famintas por um longo tempo... - Escolher o caminho da alma não equivale a seguir um caminho de facilidades mas, sim, construção e renovação constantes. É sempre se ver a caminho, é sempre notar que há algo mais de misterioso e de essencial a se descobrir.
Sentir essas conclusões em minha vida me fez estar mais presente, mais inteira. Tenho respeitado as pausas pedidas pelo meu corpo, pela minha alma, pelo que me cerca. Tenho buscado me aproximar dos desafios nos quais nem sempre estarei com o controle em minhas mãos, me lançando em terrenos desconhecidos para poder conhecê-los.
Em nosso íntimo há fome e sede de beleza, de amor, de conhecimento. Há muitas fomes, algumas guardadas, outras sufocadas. Mas basta lançarmos atenção para o que está aqui dentro e tudo isso desperta! Em alguns momentos podemos até ficar um pouco zonzas e ansiosas. É porque nos damos conta de que estivemos famintas por um longo tempo.
São tantas fomes e sedes, cada uma de um elemento: flor, mapa, luz do sol, frio da lua, batalhas, cafuné... E cada uma carece se expressar e se realizar no mundo.
Não devemos travar uma luta desenfreada contra o tempo. Pelo contrário, é indispensável organizar internamente tanto sonho, tanta possibilidade ou acabamos assim tão fascinadas que paralisamos.
Precisamos vivenciar o passo-a-passo, os ciclos, encontrando o equilíbrio entre caminhar contra o tempo ou usá-lo como escudo deixando tudo sempre para depois. Nem mulher-maravilha, nem donzela-na-janela. Em cada um desses extremos acabamos deixando de viver de maneira absoluta o hoje e suas possibilidades de crescimento.
Como você viveu suas últimas horas? Como pretende viver as próximas? Refletir sobre nosso ritmo é um importante passo para escolhermos que tipo de vida queremos levar de agora em diante.

quinta-feira, 20 de março de 2008

Livre de ou Livre para

Quando limito minha liberdade ao simples "estou livre de" acabo esvaziando o que essa condição tão almejada significa. Uma "liberdade de" pode acabar gerando um descompromisso com a vida, já que parece mais importante romper do que construir.

A mais ampla expressão de liberdade é poder realizar no mundo aquilo que carrego dentro de mim, ou seja, a realização do que sou. Só estar livre dos pais que cobram, do emprego repetitivo, do ar poluído, da rotina, não implica necessariamente que eu passe a ser no mundo. É preciso olhar mais atentamente para o que se deseja estar livre, em que direção eu desejo caminhar e quais meus passos seguintes.

Nesses casos citados o ponto inicial de se libertar de uma determinada condição (os pais que cobram, o emprego repetitivo,etc) talvez seja o ponto de partida pra fazer valer a liberdade para criar, se posicionar, apostar em novos campos e por aí vai.

Liberdade não é se desfazer de algo, mas estar "livre para" realizar. Não basta não termos algo que nos segure, é preciso ir em direção ao que torne nossa presença mais inteira. Liberdade é um posicionamento, uma resposta ativa.



Não basta sair da gaiola, para estar livre é preciso voar.

domingo, 16 de março de 2008

Bagagens antigas


"Água mole, pedra dura, tanto bate até que fura"

"Uma andorinha só não faz verão"

"Macaco velho não põe a mão em cumbuca"

Esses e tantos outros ditados populares são bagagens passadas de geração em geração. São metáforas que têm o poder de transmitir muito através de imagens que nos fazem perceber o abstrato por elementos concretos, lançar um outro olhar sobre o que vivemos. Saberes antigos que carregam grandes sabedorias.

Um ditado do qual gosto muito (se não me engano, de origem oriental) é o seguinte: "Na luta contra o monstro, toma cuidado para não te tornares igual a ele". Tem coisa mais profunda e mais certeira? Quantas vezes nos vemos usando as mesmas armas que nos feriram no passado, repetindo ações que nos machucaram mas que também acabaram nos ensinando como deve agir "o mais forte". E tamanha costuma ser a nossa decepção ao nos vermos assim... O ditado aponta, por outro lado, a possibilidade de outras saídas. Caso contrário nem alertaria para o cuidado nessa luta, afinal o resultado dessa forma já estaria determinado em princípio. Qual(is) seria(m) a(s) outra(s) maneira(s) de lutar contra os monstros que nos assombram? Como todo bom ditado, ele levanta uma reflexão, cabe àquele que o ouve lidar com a "pulga atrás da orelha"!

O que você acha desse ditado?
Ele lhe fez pensar em algo?
Outro ditado faz você refletir?

segunda-feira, 10 de março de 2008

"Você tem sede de quê? Você tem fome de quê?..."

Nada sobrevive sem se hidratar e sem se nutrir. Do tigre ao cactus, tudo que vive precisa de água e alimento para continuar a viver. Mesmo com suas especificidades uma coisa é certa: todos nós precisamos ingerir, digerir, metabolizar, converter algo em energia para seguir adiante até o próximo reabastecer.

Isso vale para o nosso organismo e vale também para nossa alma. Quando não respeitamos nosso ritmo biológico nosso corpo dá alertas e o mesmo ocorre com nossos ritmos mais profundos: muitas vezes passam a gritar para terem alguma atenção. Se não escutamos, a fome permanece e acaba surgindo das maneiras mais tortas possíveis - mas não deixa de aparecer. São as nossas compulsões, o mal-estar, o choro sem razão, a pele impolada, as alterações de humor sem razão e por aí vai. Aquilo a que chamamos desequilíbrio, dor, doença, pode muitas vezes ser um pedido de ajuda interno para que voltemos ao equilíbrio saudável que permita mais que sobreviver, mas sim o viver mais pleno.

Talvez tenhamos ingerido situações, palavras, sentimentos um tanto indigestos e precisemos metabolizar, ver o que nos cabe e jogar o restante para fora. Talvez haja uma perigosa abstinência de tudo que faz o coração bater mais vivo: amizade, carinho, compartilhar, respeito, compreensão, relação. Um monte de "talvez" em série poderia ser levantado, mas importa mesmo é ouvir para onde cada manifestação aponta: que tipo de fome/sede preciso saciar?

Não basta um só copo d'água hoje para matar a sede de amanhã e um único pão também não é o suficiente para nos dar energia para toda a vida. Se teimamos em não nos fazermos essa pergunta fundamental (que tipo de fome/sede preciso saciar?) acabamos sem energia, procurando nos saciar naquilo que não nos preenche, estressados, adoecidos, perdemos a força de que tanto precisamos para seguir.

Sem receitas prontas, cabe mesmo é começar a refletir sobre a própria experiência e buscar meios que nos facilitem a mudança dos padrões que nos fazem mal, para deixar que a vida que existe em nós possa fluir e se renovar.

sábado, 8 de março de 2008

Revitalizando...


Novo momento pede novo caminho e cá estou eu. No movimento de revitalizar a alma estou entrando nesse novo rumo, carrego no peito a minha história (se quiserem conhecer parte dela: http://devaneiosbyju.zip.net) , sem peso, somente levando o reconhecimento de que cada passo foi marca importante e aprendizado essencial.

Mulher que sou, inicio essa nova jornada num dia especial. Celebro o dom feminino de criar, cuidar, refletir, sensibilizar. Celebro os muitos dons femininos não nomeáveis, pertencentes ao mistério, que não deixam de ser belos - aliás até por isso podem se tornar ainda mais belos!

Novos ares, novas semeaduras, novas colheitas. Vida nova que se renova.